terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

HISTÓRIA E MEMÓRIA








Marc Bloch não gostava da definição "A história é a ciência do passado" e considerava absurda "a própria idéia de que o passado, enquanto-tal, possa ser objeto da ciência". Ele propunha que se definisse a história como "a ciência dos homens no tempo".
 O que a História tem de ciência e de arte? A História é a mesma desde seu nascimento na Grécia Antiga, no século V a.C. até os dias de hoje? Como se deu a formação deste campo do conhecimento? No século XX travou-se uma discussão a propósito da história ser uma ciência ou uma arte. Jacques Le Goff sustenta ser ela uma ciência porque precisa de técnicas, de métodos e de ser ensinada. Concordando com as ideias do século anterior, frisa que a história se faz com documentos, mas o documento já é pré-selecionado antes de ser usado pelo historiador. Logo, existe uma parte de subjetividade na produção desse conhecimento. Seria uma ciência especial que precisa e muito da imaginação. Nesse sentido, é também uma arte.
A história é feita de fragmentos de memórias individuais e coletivas. Elas podem ser manipuladas conscientemente ou não. Ao entender como a História se apropria da memória, o estudante saberá por que a História não é uma verdade absoluta e por que não conhecemos toda a História. É uma lição de como é construído o conhecimento do passado e dos embates enfrentados pelos pesquisadores.
Não obstante, conforme Peter Burke, os historiadores se interessam ou precisam se interessar pela memória, considerando dois pontos de vista: como fonte histórica e como fenômeno histórico. Sob o primeiro aspecto, além de estudarem a memória com fonte para a história, os historiadores devem elaborar uma crítica da reminiscência, nos moldes da operação de análise dos documentos históricos. Na verdade, essa tarefa começou a ser cumprida em parte nos anos sessenta, quando alguns historiadores contemporâneos passaram a entender a relevância da história oral. No que tange ao segundo aspecto, os historiadores devem estar interessados no que o autor denomina “história social do lembrar”. Partindo-se da premissa de que a memória social, como a individual, é seletiva, faz-se necessário identificar os princípios de seleção e observar como os mesmos variam de lugar para lugar, ou de um grupo para o outro, e como se transformam na passagem do tempo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Significado Místico da Suástica

O símbolo tem uma história bastante antiga na Europa, aparecendo em artefatos de culturas europeias pré-cristãs. No começo do século XX era largamente utilizado em muitas partes do mundo, considerado como amuleto de sorte e sucesso. Entre os nórdicos, a suástica está associada a uma Runa, Gibur, ou Gebo.



Desde que foi adotado como logomarca do Partido Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao racismo, à supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao Holocausto na maior parte do Ocidente. Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade de Tróia, sendo então associada com as migrações ancestrais dos povos "proto-indo-europeus" dos Arianos. Ele fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que a suástica era um "significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais", unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas.
Mas por que o ditador alemão adotou esse sinal tão antigo para representar a ideologia de seu partido político? O Partido Nazista Alemão ( Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei ) adotou a suástica já no ano de 1920, mais de uma década antes de Htiler subir ao poder.
O símbolo era usado na bandeira do partido, nos distintivos e nas braçadeiras, o uso da suática seria um símbolo ariano dos escritos de Émile-Louis Burnouf. Asim como muitos outros escritores nazistas, o poeta Guido Von List   fes acreditar que esse era um simbolo exclusivamente ariano. Quando Hitler criou a bandeira para o partido, procurou incorporar a suástica segundo ele " essas cores veneráveis expressam nossa homenagem ao passado glorioso que tantas honras trouxe a nação alemã" ( que era ,preto, vermelho e branco) o vermelho erxpressa o pensamento social o branco o pensamento nacionalista e a suática preta significa a missão da luta pela vitória da raça ariana.
José Manuel Erbez diz que a primeira vez que a a suástica foi usada com o significado " ariano " foi em 25 de dezembro de 1907, quando os cavaleiros da Ordem dos Novos Templários, uma socieadade secreta fundada por Adolf Joseph von de Lanz Liebenfels, içaram no Castelo de Verfenstein, uma bandeira amarela com uma suástica e quatro flores de lis .
A suástica  de braços externos curvos, formando um círculo interrompido,foi adotado pela Divisão Nórdica das SS. Por causa de seu uso por causa de seu uso por Hilter e pelo partido Nazista e na atualidade , por neonazistas e outros grupos precoceituosos, para a maioria das pessoas do Ocidente, é um simbolo associado as idéias de nazismo e supremacia branca. Por consequente, seu uso tornou-se um tabu em muitos países ocidentais, na Alemanha por exemplo o Código Penal tornou criminosa a exibição da suástica.
O historiador Elísio Gomes Filho explica que a suátisca é um simbolo místico mais difundido e antigo do mundo, é encontrado do extremo Oriente a América Central, passando pela Mongólia, pela Índia e pelo norte da Europa, foi conhecida dos celtas, dos etruscos, da Grécia antiga, a suática por seu proprio grafismo, indica manifestamente um movimento de rotação em torno do centro, imóvel, que pode ser o ego ou o pólo.É portanto simbolo de ação de manifestação , de ciclo e de perpétua regeneração.



Everton Melo

Teoria da Terra Oca

Essa teoria veio de John Clevers Symmes, nascido em New Jersey, EUA, em 1780 e feita com base na migração de aves para o norte.
A idéia parece um total absurdo e incoerente com o que é-nos ensinado na escola. Aos olhos do ceticismo, então, é pura fantasia.
Damos um salto no tempo e vamos para 1947.


- A Grande Descoberta

1947 - Passados dois anos do término da 2ª Guerra Mundial o mundo ainda contava suas perdas. Nessa época, o contra-almirante Richard E. Byrd da Marinha dos Estados Unidos fazia uma momentosa descoberta.

Alçou vôo pelo Ártico numa expedição pelo pólo Norte por 2730Km ALÉM dele. Isso nunca havia sido realizado antes.

Progredindo além do pólo , viu uma terra sem gelo, lagos, montanhas cobertas de árvores e um grande animal parecido com o mamute(?). Ele desconhecia aquela terra. Mais tarde, voou para o pólo Sul e depois de ultrapassá-lo seguiu 3690Km para além dele. Convém aqui, esclarecer que as terras vistas por Byrd ao longo dos pólos Norte e Sul não aparecem noa mapas atuais.

Sua descoberta foi relatada aos jornais e rádios da época. Ninguém se manifestou a respeito, menos o público, que ficou estupefato pela revelação. A partir daqui, entra em cena Ray Palmer, editor da revista Flying Saucers, onde tornou pública a descoberta do almirante Byrd. Publicou essa informação em sua revista, vendida nos Estados Unidos, no final do ano de 1959. Verificou-se então, uma série de incidentes, indicando que forças secretas estavam conspirando para evitar que a informações se tornassem públicas. A edição da referida revista, que seria enviada aos assinantes e distribuída aos jornaleiros misteriosamente desapareceu. Elas não estavam mais no caminhão que as levaria ao seu destino. Tudo indica que esse deveria ser um segredo bem guardado.

Supôs-se que, os Estados Unidos não quisessem que o resto do mundo soubesse, afim de que outras nações não enviassem expedições e reivindicassem o terrítório para si.

A descoberta de Byrd é um grande segredo internacional e tem sido desde 1947.

- Fortes Evidências

Icebergs: Acredita-se que existam rios no interior oco e quente e fluem para a superfície. Chegando do lado de fora ( pela abertura polar ), onde é bastante frio, forman-se os icebergs. Isso pode ser provado pelo fato dos icebergs serem formados de água doce e não de água salgada. Poderia existir hipótese melhor para explicar sua formação?

Neve Colorida: Exploradores árticos presenciaram por diversas vezes uma neve colorida. A neve verde e amarela teria sua origem nos materiais vegetais, que suspensos no ar, a colorem. Supõe-se que estes vegetais sejam botões ou pólens de plantas. Como não se desenvolvem no gelo, só poderiam vir do interior oco da Terra.

Norte mais Quente: Constatou-se por diversas vezes, que quanto mais se andava para o norte, mais o clima se tornava quente. Se o interior é mais quente do que o exterior, o mais sensato é pensar que o vento saia e aqueça a atmosfera.

Artigo retirado do portal. http://www.sobrenatural.org/

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cristianismo: Fé e Politica


Hoje podemos observar o grande número de políticos cristãos das mais diversas correntes denominacionais, o fato é que não se trata de meros membros, mas de pastores, bispos, apóstolos, dentre outro nomes dado aos líderes de várias igrejas.
Mas, historicamente quando começou esta íntima relação entre líderes, igreja e poder ? Tentaremos mostrar neste pequeno artigo qual foi o momento chave para o cristianismo  na política  e na organização da sociedade, pra melhor compreensão de todo este contexto é preciso fazer uma viagem até Jerusalém, Palestina e ao grande Império Romano.
Jesus Cristo nasceu durante o reinado de Otávio Augusto, primeiro imperador romano. Sua morte ocorreu, provavelmente, em 33 d.C., no reinado de Tibério. Ao longo dos 3 séculos seguintes, o Cristianismo foi largamente perseguido no Império Romano, até sua legalização, no reinado de Constantino, em 313, e sua posterior oficialização como religião do Império por Teodósio, em 390.
O Cristianismo surgiu em uma região dominada pelos romanos desde 64 a.C. Tem como origem a tradição judaica de crença na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos aqueles que acreditassem nele.
                                                                                                 
As circunstâncias em que Jesus Cristo, já adulto, teria surgido na cidade de Jerusalém eram altamente explosivas. Os judeus jamais se submeteram totalmente ao domínio romano, levando o Império a uma postura repressiva em relação à população local, foi em meio a esse clima politicamente tenso que Jesus procurou exprimir uma mensagem baseada no amor ao próximo, no perdão às ofensas e no desapego aos bens materiais.
Mas este que veio para dar a salvação e vida eterna foi duramente reprimido, e por meio das autoridades judaicas foi condenado como um blasfemo, entregue aos romanos. Jesus foi crucificado, sob a acusação de conspirar contra o Império, no ano de 33, a mando do procurador romano Pôncio Pilatos.

É a partir da morte de Jesus que se criou toda a tradição que gerou o Cristianismo. Os primeiros cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o dia de Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve.
Os cristãos de Jerusalém repartiam todos os seus bens materiais (At 2.44-45). Muitos vendiam suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses recursos entre o grupo (At 4.34-35). Desta forma podemos observar que os primeiros cristãos mostravam-se um grupo unido em torno de uma única fé, e uma outra característica eram os vários grupos cristãos que nasciam com características distintas. Podemos comprovar este fato pelos 52 textos em linguagem copta encontrados em Nag Hammandi a 65 anos atrás. Os documentos revelam a diversidade das visões cristas primitivas.
De certa forma toda esta estrutura formada pelos cristãos assustava certos líderes romanos.
Isto tudo ocorrendo em um período tenso na história de Roma. Um período em que a maior civilização da antiguidade estava em declínio. Para compreender como se deu este processo, é importante observar o período de transição da fase republicana para a imperial. O processo de expansionismo romano gerou mudanças significantes na estrutura de Roma. Dentre vários fatores podemos citar o aumento da concentração de terras nas mãos dos patrícios e de uns poucos plebeus enriquecidos. Os oligarcas tentaram controlar as massas e evitar possíveis rebeliões, mas a instabilidade se intensificou bastante no final do período republicano.
No século III d.C. o Império Romano mergulhou numa profunda crise que seria irreversível. Essa situação foi agravada por diversos fatores, dentre eles, as guerras travadas com os povos “bárbaros”, a intensa desvalorização da moeda romana e as disputas pelo poder que se tornaram muito violentas. Na tentativa de solucionar a crise algumas medidas foram tomadas pelos imperadores como Diocleciano, Constantino e Teodósio. Para a nossa pesquisa, no momento, vamos nos limitar a analisar as medidas adotadas por Constantino e Teodósio.
Dentre as medidas tomadas por Constantino, 2 serão  analisadas neste estudo o 1º e o Edito de Milão, é com este documento que Constantino dá liberdade de culto aos cristãos colocando fim as perseguições que foram tão comuns dentro do Império Romano. Ele afirma ter visto no céu uma cruz luminosa com a seguinte inscrição: “Por este sinal vencerás”, e mais tarde adotou essa inscrição como insígnia do seu exército. Se Constantino era realmente cristão não sabemos, mas foi sem dúvida um grande político, pois teve a ideia de se unir ao movimento que dominaria o futuro do seu império. Podemos observar este jogo politico na aproximação entre a igreja Cristã e o Estado Romano, Constantino compreendeu a força que o Cristianismo tinha conquistado, por isso proclamou-se cristão decidindo desta forma participar da organização da Igreja com o objetivo de garantir a intervenção do Estado romano na vida cristã.
Mas com tantas medidas Constantino não conseguiu conter a crise que se agravava cada vez mais, ai vem a figura do seu sucessor que iria usar a religião como forma de deter a crise mais uma vez.
Teodósio adotou 2 medidas, dentre elas  está a divisão do Império entre o Império do Ocidente e do Oriente e a outra medida foi a transformação do Cristianismo em religião oficial do Império Romano , tornando desta forma o Cristianismo a religião oficial do Estado, proibindo os cultos e as festas pagãs ( mas muitos ritos e festas foram acoplados a igreja que nascia, forma de não fazer uma mudança tão brusca na cultura daquele povo que estava acostumado com o politeísmo).
Desta forma podemos analisar que o cristianismo foi usado por líderes políticos para diversos fins, e hoje será que encontramos coisas parecidas em nossa sociedade? Este artigo tem o intuito de levar reflexão e não julgar nada e ninguém. A política é uma atividade complexa e difícil de ser entendida pelas pessoas que não a acompanha mais de perto. O nosso dever como cristãos é analisar falsos líderes que por ventura se utilize desta que é a maior religião do mundo para outros fins se não o de levar salvação, paz e luz para todos que ainda não conhece este cordeiro ressuscitado, autor da nossa fé.

Everton Melo